Fim! Google.com.br vai acabar e o motivo deixou muita gente surpresa
Durante anos, digitar “google.com.br” foi quase um reflexo automático. Estava ali, na barra de endereços, como um atalho para qualquer dúvida, necessidade ou curiosidade. Mas, como tudo na era digital, até o que parece sólido pode mudar — e mudar rápido. E foi exatamente isso que aconteceu.
Em um anúncio recente que passou quase despercebido pelo grande público, o Google revelou uma decisão que marca o fim de uma era na internet brasileira. Não é sobre novos recursos de inteligência artificial, nem sobre alterações na página inicial. É sobre algo muito mais simbólico, mas também prático — e que afeta milhões de usuários no país.
A medida foi anunciada de forma sutil, mas o impacto vai além do que parece. Afinal, estamos falando do principal portal de entrada para o universo online de uma nação inteira. E, agora, ele vai desaparecer… pelo menos do jeito que conhecemos.

Por que o “google.com.br” vai sumir do mapa da web?
Segundo comunicado oficial publicado no blog corporativo do Google em 15 de abril de 2025, a empresa decidiu encerrar todos os seus domínios regionais ao redor do mundo. Isso inclui o amado “.com.br”, usado há quase duas décadas pelos brasileiros. Mas também o “.fr” na França, o “.jp” no Japão, o “.de” na Alemanha e tantos outros.
A justificativa? Avanços tecnológicos — principalmente na geolocalização. O Google alega que hoje já consegue identificar automaticamente a localização do usuário e, com isso, exibir resultados personalizados, mesmo que ele acesse o endereço principal “google.com”.
Ou seja, se você está no Brasil e digitar apenas “google.com”, será redirecionado para uma versão completamente adaptada à sua região, com idioma, conteúdo e até sugestões locais. Tudo isso sem precisar de um domínio exclusivo para o país.
Mas há outro fator decisivo por trás dessa mudança. Manter dezenas de domínios diferentes gera custos, fragmentação e dificuldades operacionais, especialmente quando se trata de atualizações e segurança. Unificar tudo em um único domínio permite que a empresa implemente novidades com mais rapidez e consistência em todo o planeta.
Mas… o que isso muda na sua vida?
A princípio, quase nada. Pelo menos, na parte visível. Você continuará fazendo suas buscas normalmente, com resultados locais, em português e com acesso aos mesmos serviços de sempre: YouTube, Gmail, Tradutor, Notícias, etc. O Google promete que toda a personalização regional será preservada — mesmo sem o “.com.br”.
Além disso, a empresa garantiu que as regras e legislações locais continuarão sendo respeitadas, inclusive no Brasil, que tem leis específicas de proteção de dados, como a LGPD. Segundo o Google, o fim do domínio regional não altera os compromissos legais firmados com autoridades e usuários.
Mas, para muitos, essa mudança tem um peso simbólico. Afinal, o “.com.br” é mais do que um endereço: é parte da história da internet no país. Seu desaparecimento representa o avanço da centralização digital, em que barreiras geográficas e domínios nacionais se tornam cada vez menos relevantes — e as grandes plataformas assumem controle global totalizado.
Uma internet cada vez menos nacional e mais global
Com a queda do domínio brasileiro, o Google se junta a uma tendência crescente entre as big techs: a unificação de operações em ambientes globais, onde as fronteiras não importam mais. A lógica é simples: menos dispersão, mais controle, mais eficiência.
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Mas essa simplificação também levanta questões. Quando tudo está centralizado em um único endereço, o poder de decisão também se concentra. E isso pode influenciar desde políticas de privacidade até estratégias de conteúdo, passando pelo suporte ao idioma e até a visibilidade de vozes locais.
Por isso, embora pareça uma mudança pequena — um simples redirecionamento —, ela carrega implicações maiores sobre a soberania digital e o espaço dos países na construção da internet.
O fim do “.com.br” é o início de uma nova fase
O endereço mais acessado do Brasil vai sumir. Não de vez, é verdade — você ainda será redirecionado automaticamente —, mas ele deixará de existir como identidade própria. O “google.com.br” vai virar apenas “google.com”, e isso, para muitos, tem gosto de despedida.
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Talvez você nem note na prática. Mas o símbolo está lá: a internet como conhecemos está mudando, silenciosamente — e rapidamente. E com ela, mudam também nossas referências, nossos hábitos e até nossa forma de navegar.
Porque, às vezes, o fim de um domínio é o início de um novo mundo — mais conectado, mas também mais impessoal. E o que vem depois… só o algoritmo sabe.