Especialistas revelam: esta é a forma correta de usar papel higiênico
É um objeto presente em todos os banheiros. Está lá, discreto, enrolado no suporte, à espera de cumprir sua função cotidiana. Mas por trás de um simples rolo de papel higiênico, existe uma polêmica silenciosa que atravessa gerações: afinal, qual é a forma certa de posicioná-lo — com a ponta para fora ou virada para a parede?
A dúvida, que já causou discussões entre casais, virou piada em redes sociais e até motivo de apostas entre amigos, parece trivial — mas não é.
A verdade é que há um documento histórico que aponta, com clareza e argumentos técnicos, qual deve ser o lado certo do papel higiênico. E mais: essa orientação tem mais de um século.
Mas por que ainda insistimos em fazer do banheiro um campo de batalha silencioso? E o mais importante: será que a maneira como colocamos o papel higiênico realmente afeta nossa higiene e bem-estar?

A origem da polêmica: o inventor já havia decidido
Pouca gente sabe, mas o americano Seth Wheeler, criador do rolo de papel higiênico moderno, registrou em 1891 não apenas o formato do produto como o conhecemos, mas também o jeito certo de usá-lo.
Na patente original, disponível até hoje em arquivos dos Estados Unidos, a ilustração é clara: o papel deve sair por cima do rolo, longe da parede.
Nada de deixar a ponta encostada ou escondida. A explicação? Simples: praticidade e economia. Com a ponta para fora, o usuário tem mais controle, rasga menos papel por acidente e evita que o rolo desenrole por completo com um puxão involuntário.
Além disso, há uma questão de higiene frequentemente ignorada: quando o papel está virado para a parede, a ponta encosta diretamente em uma superfície que acumula microrganismos, sobretudo em banheiros compartilhados.
Ou seja, ao puxar o papel de cima, você evita tocar em áreas contaminadas e reduz riscos à saúde.
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Mas nem todo mundo concorda — e os argumentos continuam
Mesmo com a confirmação histórica, ainda há quem prefira o rolo com a ponta virada para a parede. E os motivos, embora diferentes, também fazem sentido.
Famílias com crianças pequenas ou animais curiosos relatam que, com o papel voltado para dentro, é mais difícil que ele seja puxado até o chão por mãos ou patas brincalhonas.
Para essas pessoas, a segurança vem antes da praticidade. Afinal, um banheiro com papel higiênico espalhado pode ser mais do que um incômodo estético: pode se transformar em um gasto extra e até em risco de entupimento.
Ainda assim, os especialistas apontam que, mesmo nesses casos, existem alternativas mais eficazes, como suportes com travas, gavetas retráteis ou rolos embutidos.
A solução, dizem eles, não precisa comprometer a higiene por conveniência.
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A eficiência do papel está em xeque — e a água entra em cena
Além da disputa sobre o modo correto de pendurar, outra discussão vem ganhando força: será que o papel higiênico é realmente a melhor opção para limpeza íntima?
Diversos estudos em saúde pública vêm defendendo o uso de água como método mais eficaz e higiênico.
Em países como Japão, Índia e várias nações do Oriente Médio, bidês e duchas higiênicas são padrão. A limpeza com água, segundo especialistas, reduz o risco de irritações, infecções e até hemorroidas.
Os lenços umedecidos também aparecem como alternativa, especialmente fora de casa. Mas trazem alertas: além do custo mais alto, podem causar entupimentos em encanamentos e impactar o meio ambiente quando descartados incorretamente.
Mesmo assim, o papel higiênico ainda é o favorito. É barato, acessível, fácil de transportar e, na maioria das culturas ocidentais, visto como sinônimo de limpeza.
Mas isso não quer dizer que a maneira como o usamos deva continuar sendo um tabu.