Brasileiros que chegam nesses países ficam de boca aberta ao mostrar só o RG
Para muitos brasileiros, a ideia de viajar para fora do país esbarra em um obstáculo comum: o passaporte. Mas o que poucos sabem é que, em boa parte da América do Sul, ele não é mais obrigatório. Graças a acordos internacionais, cidadãos brasileiros podem entrar em nove países vizinhos usando apenas o RG — e isso vem transformando os planos de viagem de quem deseja explorar novos destinos com mais facilidade.
A Polícia Federal confirmou que, com a carteira de identidade atualizada e dentro da validade, é possível cruzar fronteiras e desfrutar de paisagens incríveis, culturas vibrantes e experiências internacionais, sem precisar enfrentar o processo — muitas vezes demorado e caro — de emissão do passaporte.
Mas, apesar da facilidade, há regras importantes a seguir. E, ainda mais importante: nem todos os países da América do Sul estão incluídos nesse acordo.
O que significa que, se você estiver planejando sua próxima viagem, precisa prestar atenção aos detalhes — porque esquecer o passaporte pode ser o fim do passeio.

RG no lugar do passaporte: uma vantagem pouco conhecida
A medida faz parte de um acordo firmado entre países membros e associados ao Mercosul, que visa promover a integração regional e facilitar o turismo entre vizinhos. Na prática, isso significa que o cidadão brasileiro pode viajar para os seguintes nove países sem precisar apresentar o passaporte:
- Argentina
- Uruguai
- Paraguai
- Chile
- Bolívia
- Colômbia
- Peru
- Equador
- Venezuela
Mas há um detalhe essencial: a entrada só é permitida com o RG em bom estado e emitido há menos de 10 anos. O documento precisa permitir fácil reconhecimento facial.
RGs antigos, com foto desatualizada ou danificados, podem ser recusados na imigração. Nesses casos, a recomendação é renovar a identidade ou utilizar o passaporte normalmente.
Além disso, mesmo com essa facilidade, é sempre importante verificar exigências sanitárias, como vacinação, seguro viagem ou comprovantes financeiros, que podem ser solicitados conforme a legislação de cada país.
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Guiana e Suriname: exceção que confunde muita gente
É comum pensar que todos os países da América do Sul fazem parte do mesmo acordo. Mas não é bem assim. A Guiana e o Suriname, embora sejam estados associados ao Mercosul, não integram o tratado que dispensa o passaporte brasileiro.
Por isso, nesses dois destinos, o documento continua sendo obrigatório para qualquer tipo de entrada, seja turismo, negócios ou trânsito.
Esse é um erro comum entre turistas desavisados, especialmente em viagens combinadas por terra, onde o roteiro passa por diversos países sul-americanos. Ignorar esse detalhe pode significar problemas na imigração, atrasos e até deportação.
Portanto, se o seu roteiro inclui Guiana ou Suriname, não abra mão do passaporte. Já nos demais países listados, a identidade brasileira (RG) é suficiente para garantir o embarque — desde que, claro, atenda aos critérios de validade e estado de conservação.
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E se eu quiser ir além? Veja como tirar o passaporte brasileiro
Para destinos fora da América do Sul ou para evitar qualquer risco, ter o passaporte brasileiro em mãos ainda é o caminho mais seguro. A boa notícia é que, segundo o ranking global de mobilidade, o passaporte do Brasil está na 43ª posição, empatado com a Argentina. Isso garante acesso facilitado a dezenas de países, com exigências menores de visto e entrada simplificada.
Atualmente, o processo de emissão do passaporte inclui:
- Preenchimento de formulário no site da Polícia Federal
- Pagamento da taxa de R$ 257,25
- Agendamento e comparecimento presencial com os documentos
- Entrega em até 10 dias úteis (em média)
Se o antigo passaporte foi perdido ou extraviado, a taxa sobe para R$ 514,50. Em casos de urgência (viagens por saúde, trabalho ou falecimento de familiares), o valor vai para R$ 334,42.
O passaporte tem validade de 10 anos para adultos, mas no caso de crianças, a validade é proporcional à idade — o que exige atenção dos pais na hora do planejamento.
Viajar sem passaporte é possível, mas não é para qualquer lugar
A possibilidade de entrar em nove países da América do Sul sem passaporte representa um avanço importante para a mobilidade dos brasileiros. Além de facilitar o turismo, a medida fortalece os laços culturais, econômicos e políticos entre nações vizinhas.
Mas, mesmo com essa vantagem, é essencial estar atento às regras e não deixar os documentos para última hora. Afinal, a liberdade de circular só vale a pena quando é acompanhada de preparo. E agora que você sabe quais países aceitam apenas o RG, talvez seja a hora de planejar sua próxima aventura internacional — sem burocracia e com muito mais emoção.