O relógio está correndo, e a cada minuto que passa, a Receita Federal se aproxima do fechamento do sistema. Mas, mesmo com o alarme soando alto, milhões de brasileiros seguem ignorando o prazo. E o que pode parecer apenas uma data no calendário, na prática, pode custar caro — bem mais caro do que muitos imaginam.
A data-limite para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2025 é 30 de maio, até 23h59min59s. Mas a realidade é que, embora o prazo esteja perto do fim, mais de 29 milhões de contribuintes ainda não enviaram suas informações.
E se engana quem pensa que basta fazer depois: há penalidades, consequências financeiras e bloqueios que podem atingir sua vida diretamente.
A pergunta que fica é: por que tantos ainda não declararam? Seja por procrastinação, dúvidas ou medo, o fato é que a Receita Federal não espera — e quem atrasar, paga por isso.
Deixar para depois pode custar caro — literalmente
Não é exagero: deixar de entregar a declaração até o fim de maio pode gerar multas de até 20% sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74. Mas o problema vai além do bolso.
Ao não declarar, o contribuinte tem seu CPF marcado como “pendente de regularização”. E isso pode impactar empréstimos, financiamentos, emissão de passaportes e até matrículas em instituições de ensino.
A multa por atraso é automática. A cada mês sem declarar, o valor cresce. Mas mesmo quem não tem imposto a pagar precisa declarar se se enquadrar nos critérios — e também está sujeito à multa se não o fizer.
E o que parece apenas uma “pendência fiscal”, na prática, pode paralisar sua vida financeira por completo.
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Quem precisa declarar em 2025?
Muita gente ainda tem dúvida se precisa ou não declarar. Mas a regra é clara — e ignorá-la pode te colocar em maus lençóis. Em 2025, deve declarar quem:
- Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 no ano anterior;
- Obteve ganhos na bolsa de valores acima de R$ 40 mil ou realizou operações sujeitas à tributação;
- Teve receita bruta rural acima de R$ 169.440,00;
- Possuía, em 31 de dezembro de 2024, bens e direitos acima de R$ 800 mil;
- Teve rendimentos isentos ou não tributáveis acima de R$ 200 mil.
Se você se encaixa em qualquer desses critérios, está obrigado a declarar — e quanto antes, melhor.
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Declaração pré-preenchida facilita a vida — mas exige atenção
Se o medo de errar é o que te trava, a Receita Federal tem uma solução: a declaração pré-preenchida. Com ela, grande parte das informações já vem automaticamente preenchida, com base nos dados que instituições financeiras e outros órgãos informaram ao Fisco.
Mas há um detalhe: só pode usar essa função quem tem conta gov.br nível Prata ou Ouro. E mesmo com tudo preenchido, é sua responsabilidade revisar os dados e garantir que estejam corretos.
Além disso, quem usa essa modalidade e opta por receber a restituição via Pix tem prioridade no calendário de pagamento — uma vantagem que pode colocar o dinheiro no seu bolso bem mais rápido.
Restituição: quando e quem recebe primeiro
Sim, há uma boa notícia: a restituição começa a ser paga já em 30 de maio. Mas, como sempre, há ordem de prioridade. E se você está em um dos grupos preferenciais, pode receber antes mesmo do segundo lote.
Veja a ordem de preferência:
- Idosos com 80 anos ou mais;
- Idosos com 60 anos ou mais, pessoas com deficiência e doenças graves;
- Professores cuja principal fonte de renda seja o magistério;
- Quem usou a declaração pré-preenchida e optou por Pix;
- Demais contribuintes.
A divisão será feita em cinco lotes, até setembro. Mas quem entrega depois do prazo ou com erros pode acabar ficando por último — ou nem receber, se cair na malha fina.
Últimos dias: o que fazer agora?
Se você ainda não declarou, este é o momento. Reúna seus documentos, acesse o site da Receita Federal, baixe o programa ou use o app Meu Imposto de Renda. Não espere o último dia. A sobrecarga nos sistemas pode dificultar o envio e fazer você perder o prazo.
E lembre-se: não declarar pode gerar multas, bloquear seu CPF e trazer dores de cabeça desnecessárias.
O prazo está acabando. Mas ainda dá tempo de fazer certo — e garantir sua tranquilidade.
