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Brasil domina holofotes da maior feira de games do mundo com 6 títulos incríveis

Em meio a telas luminosas, filas disputadas e aplausos empolgados, o Brasil roubou a cena na gamescom latam 2025, realizada em São Paulo. Mas o destaque não foi apenas pela presença — foi pela qualidade. Com jogos que vão do terror psicológico à ação caótica em alta velocidade, os estúdios brasileiros mostraram ao mundo que o país não está só jogando — está criando as regras.

Durante o evento, que reuniu desenvolvedores do mundo todo e atraiu olhares atentos da imprensa especializada, seis jogos brasileiros chamaram atenção internacional, sendo elogiados por originalidade, excelência técnica e narrativa envolvente.

Mas por que, justamente agora, a indústria de jogos do Brasil parece ter virado a chave?

A resposta talvez não esteja apenas nos gráficos bem-polidos ou nos combates frenéticos. O que realmente surpreendeu foi a brasilidade criativa que transbordou nos títulos apresentados. Enquanto muitos estúdios internacionais reciclam fórmulas seguras, os brasileiros ousaram — e o resultado? Impressionante.

Cada dia mais forte, o mercado de games brasileiro ganha destaque em disputas mundiais pelo pódio de jogos digitais; veja mais agora.
Cada dia mais forte, o mercado de games brasileiro ganha destaque em disputas mundiais pelo pódio de jogos digitais; veja mais agora – Foto: reprodução/ Pixabay.

Jogos que fizeram o público vibrar, mas também refletir

O terror nunca esteve tão próximo da filosofia quanto em A.I.L.A, jogo da Pulsatrix Studios (os mesmos de Fobia – St. Dinfna Hotel).

A proposta é simples, mas brutalmente eficaz: uma inteligência artificial tenta explorar os medos mais profundos do jogador, quebrando a quarta parede com uma narrativa metalinguística que causa desconforto — no melhor sentido. A atmosfera é densa, o realismo gráfico hipnotiza e o clima é constantemente opressor.

Mas se o que você procura é nostalgia com socos e chutes sincronizados, Changer Seven, da Gixer Entertainment, é a pedida certa. Inspirado em clássicos tokusatsu como Changeman, o jogo nos transporta para Sunny Point, uma São Paulo futurista onde a pancadaria corre solta.

O jogo ainda sofre com pequenos bugs, mas seu potencial e carisma são inegáveis.

Já o ácido E-Lich: Corporate Souls, da JohnnyR Designs, parece saído da fusão entre Vampire Survivors e um episódio de The Office.

Um bullet hell corporativo onde almas são colecionadas no RH de um inferno com estrutura de multinacional. Pode parecer caótico, mas é genial.

Ousadia, humor e adrenalina: o combo explosivo do Brasil gamer

Se existisse um prêmio para “adrenalina pura”, Mullet MadJack ganharia disparado. Com estética inspirada em animes e ritmo alucinante, o FPS da Hammer95 desafia o jogador a sobreviver em rodadas de apenas 10 segundos — que podem ser estendidas com combos brutais.

Distribuído pela Epopeia Games, o título levou para casa o prêmio de melhor jogo brasileiro e já está disponível para PC e Xbox.

Outro queridinho da crítica é No Heroes Here 2, sequência do aclamado título da Mad Mimic. Agora em 3D, o jogo mantém o charme cooperativo de proteger castelos com caos e gritaria, lembrando títulos como Overcooked.

Perfeito para jogar com amigos e já disponível em acesso antecipado, será lançado oficialmente em outubro.

E se a sua vibe for pixel-art e quebra-cabeças, Pipistrello and the Cursed Yoyo, da Pocket Trap, é uma joia. Com um protagonista cativante e jogabilidade que remete à era de ouro do Game Boy Advance, o título mistura ação, puzzles e uma trilha sonora nostálgica. Lançamento? Dia 28 de maio.

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Brasil games: talento local, impacto global

É impossível ignorar o salto de qualidade que os estúdios brasileiros deram nos últimos anos. Mas não se trata apenas de investimento — trata-se de visão. Os jogos apresentados na gamescom latam 2025 mostram que o Brasil não quer mais apenas consumir cultura pop estrangeira. Ele quer criar, inovar, exportar.

A indústria de games no país ainda enfrenta obstáculos — desde falta de incentivo até burocracia —, mas a criatividade nunca foi o problema. Com cada nova demo apresentada, fica mais claro: o futuro do entretenimento interativo também fala português.

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E embora os nomes consagrados do Japão, dos Estados Unidos e da Europa continuem dominando prateleiras e vitrines, uma coisa é certa: o mundo está olhando para o Brasil. Mas agora, com respeito.

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