Cidade fica no escuro após criminosos furtarem cabos de energia: saiba o que houve
Na madrugada desta segunda-feira (19), Fortaleza sofreu um apagão inesperado e preocupante, mas a causa não foi uma falha técnica comum. Dois furtos simultâneos de cabos de cobre da rede elétrica deixaram bairros inteiros sem energia, causando transtornos que só evidenciam uma crise que a cidade e o Ceará enfrentam há anos.
Mas o que parece um problema pontual, na verdade, revela uma cadeia criminosa que lucra com a venda ilegal do cobre furtado, enquanto milhares de famílias, empresas e serviços essenciais ficam vulneráveis e prejudicados.
Mas o que exatamente aconteceu? Quais áreas foram afetadas? E o que pode ser feito para evitar que a situação se repita? Confira a seguir um relato completo desse episódio alarmante.

Crime duplo derruba energia em diversos bairros de Fortaleza
Na Av. Maestro Lisboa e na Rua Desembargador Feliciano de Ataíde, criminosos agiram durante a madrugada e furtaram cerca de 200 metros de cabos de energia elétrica.
Mas o impacto dessa ação foi muito maior do que o tamanho da remoção: a falta de energia atingiu dezenas de bairros, entre eles Água Fria, Alvorada, Edson Queiroz, Sapiranga, Lagoa Redonda, Precabura, Cararu, Sabiaguaba, José de Alencar e Alphaville.
Mas não foi apenas o apagão que incomodou a população. Empresas tiveram suas operações interrompidas, serviços públicos essenciais ficaram comprometidos e a rotina de milhares de pessoas foi diretamente afetada.
A distribuidora responsável mobilizou equipes imediatamente e, apesar da complexidade, conseguiu restabelecer o fornecimento para 100% dos consumidores afetados em poucas horas, mostrando agilidade, mas também ressaltando a vulnerabilidade da infraestrutura.
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Furto de cabos no Ceará: um problema que cresce e preocupa
Mas esse caso não é isolado. De janeiro a abril de 2025, foram furtados aproximadamente 76 quilômetros de cabos no Ceará, um número assustador que reforça o problema crônico. Em 2024, o total chegou a 320 quilômetros, afetando diretamente mais de meio milhão de unidades consumidoras.
Mas o que motiva esses crimes? O cobre presente nos cabos é valioso e fácil de ser vendido no mercado ilegal, alimentando uma cadeia que movimenta milhões e gera prejuízos enormes para a sociedade e as companhias de energia.
Mas o prejuízo financeiro não é a única consequência. Os furtos geram interrupções que colocam em risco a segurança pública, a saúde, a comunicação e o transporte, prejudicando toda a comunidade de maneira direta e indireta.
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Riscos e soluções: como proteger a rede elétrica e a população
Mas o furto de cabos elétricos não é apenas crime contra o patrimônio; é um risco grave à vida. Manipular cabos energizados pode causar choques fatais tanto aos criminosos quanto a terceiros que estejam por perto.
Mas, para além do risco humano, a rede elétrica fica comprometida, aumentando o custo e o tempo para os reparos, impactando ainda mais o serviço e a economia local.
Mas o que pode ser feito para conter essa onda de furtos? Especialistas apontam algumas soluções urgentes:
- Investimento em segurança: ampliar o policiamento e a vigilância nas áreas críticas da rede elétrica, dificultando a ação dos criminosos.
- Tecnologia e inovação: implementar sistemas automáticos de detecção e bloqueio para furtos, como sensores e monitoramento em tempo real.
- Apoio comunitário: engajar moradores e comerciantes na proteção da infraestrutura, incentivando denúncias e ações conjuntas.
- Legislação mais rígida: reforçar punições para receptação e comercialização ilegal de materiais furtados, coibindo o mercado negro.
Mas, para que essas medidas tenham efeito, é essencial que empresas, governo, segurança pública e sociedade trabalhem unidos, protegendo não apenas a rede elétrica, mas a vida e o bem-estar de todos.