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Geração Z está usando ChatGPT para DECIDIR A VIDA – e os resultados são ASSUSTADORES!

Quando você pensa em inteligência artificial, o que vem à mente? Para muita gente, é apenas uma ferramenta para responder dúvidas rápidas ou resolver tarefas práticas. Mas, para os jovens, a relação vai muito além da utilidade.

Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou durante o evento AI Ascent que usuários com idades entre 20 e 30 anos estão usando o ChatGPT como um verdadeiro guia pessoal — e não apenas como um substituto do Google. Eles recorrem à IA até mesmo antes de tomar decisões importantes da vida.

Essa mudança de comportamento levanta uma reflexão sobre como as novas gerações estão estabelecendo vínculos com a tecnologia. Afinal, pedir conselhos para um chatbot pode parecer estranho para alguns, mas se tornou algo comum para outros.

Use o GPT para isto ainda hoje | Imagem de Markus Winkler por Pixabay

Jovens veem o ChatGPT como conselheiro, não só como ferramenta

De acordo com Sam Altman, há uma diferença clara entre como as gerações usam o ChatGPT. Enquanto os mais velhos o tratam como um buscador de informações, os mais jovens estão criando laços mais profundos com a IA — algo quase afetivo.

Altman revelou que muitos jovens entre 20 e 30 anos não tomam decisões sem consultar o ChatGPT antes. Isso inclui desde dúvidas sobre carreira e relacionamentos até reflexões sobre propósito de vida e autoconhecimento.

Esse comportamento pode parecer inusitado, mas faz sentido em uma era marcada por incertezas, excesso de informação e falta de tempo para reflexão. A IA, nesse contexto, oferece uma espécie de “espelho” racional para organizar pensamentos.

Além disso, como o modelo lembra conversas anteriores e consegue manter contexto, muitos usuários sentem que estão sendo “ouvidos” de forma contínua — o que aumenta ainda mais o nível de confiança na ferramenta.

Uma relação de confiança que surpreende até os criadores

O nível de intimidade que os usuários mais jovens têm com o ChatGPT surpreendeu até os próprios desenvolvedores. Para Altman, essa conexão vai além da curiosidade tecnológica: trata-se de um novo tipo de vínculo entre humanos e máquinas.

Ele destacou que o modelo armazena o contexto das conversas, o que permite respostas mais personalizadas e alinhadas com a trajetória de quem está perguntando. Isso dá a sensação de continuidade e compreensão — algo que falta em muitas interações humanas.

A confiança é tamanha que a IA acaba assumindo um papel semelhante ao de um mentor, terapeuta ou conselheiro. E o mais curioso: sem julgamento, sem pressa e disponível 24 horas por dia.

Isso pode ser visto como um reflexo do nosso tempo. Em um mundo acelerado e, muitas vezes, solitário, encontrar um canal de escuta e orientação — mesmo que virtual — se torna uma forma de conforto.

O futuro da IA pode ser mais emocional do que técnico

Esses relatos mostram que a inteligência artificial está deixando de ser apenas uma ferramenta lógica para também desempenhar um papel emocional na vida das pessoas. A pergunta agora é: estamos preparados para isso?

Se hoje a IA já oferece conselhos e ouve desabafos, o que mais pode vir pela frente? Será que, no futuro, vamos depender emocionalmente desses sistemas? Ou será que isso é apenas um reflexo temporário de um momento de transição digital?

Altman parece acreditar que essa tendência veio para ficar. E, ao que tudo indica, a OpenAI está atenta ao impacto emocional que o ChatGPT causa nas novas gerações — o que pode moldar as futuras versões do modelo.

Por ora, o que fica claro é que a IA não está apenas mudando a forma como trabalhamos ou pesquisamos. Ela está, pouco a pouco, entrando em espaços antes reservados à intimidade, ao pensamento e à tomada de decisões pessoais.

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