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Médicos alertam: Este gesto de amor pode DESTRUIR a saúde do recém-nascido

Beijar um recém-nascido parece um gesto inofensivo, cheio de amor e ternura. Mas especialistas alertam: esse carinho pode ter consequências graves. Foi o que viveu Rafaela Moreira, mãe do pequeno Gustavo, infectado por herpes com apenas 17 dias de vida — provavelmente após receber um beijo de uma visita.

A história viralizou nas redes sociais e reacendeu um debate urgente: por que o sistema imunológico de bebês é tão vulnerável? E, mais importante, como proteger os recém-nascidos de infecções potencialmente fatais?

A seguir, entenda os riscos do herpes em bebês, como o vírus é transmitido, e quais cuidados são indispensáveis nas primeiras semanas de vida. Um gesto de carinho nunca deve custar a saúde de uma criança.

Este gesto de amor pode destruir a saúde do bebê, entenda | Imagem de Rainer Maiores por Pixabay

Herpes em recém-nascidos: um risco invisível e perigoso

O herpes é um vírus extremamente comum: mais de 4 bilhões de pessoas no mundo convivem com ele, segundo a OMS. Em adultos, normalmente, causa apenas feridas na boca ou na região genital. Mas em bebês, a história muda completamente.

O sistema imunológico dos recém-nascidos ainda está em desenvolvimento. Isso os torna altamente vulneráveis a infecções que, nos adultos, são consideradas leves. No caso do herpes, o vírus pode chegar ao cérebro e causar encefalite, uma inflamação grave.

Foi o que quase aconteceu com o bebê Gustavo. Aos 17 dias de vida, ele apresentou bolhas no rosto e precisou ser internado com urgência. A mãe relatou que a infecção teria sido causada por um simples beijo dado por uma visita.

Mesmo sem feridas aparentes, uma pessoa infectada pode transmitir o vírus. Por isso, a recomendação dos médicos é clara: evite contato próximo com recém-nascidos — principalmente beijos e abraços.

O que dizem os especialistas: “Recém-nascido não é pra ser visitado”

Segundo o infectologista Kléber Luz, o herpes em bebês pode causar danos neurológicos irreversíveis. A infecção não é apenas cutânea; ela pode atingir o sistema nervoso central, provocando complicações graves e até risco de morte.

A recomendação do especialista é que as visitas sejam evitadas nos primeiros dois meses de vida do bebê. Esse período é crucial para o fortalecimento da imunidade e também coincide com a aplicação das primeiras vacinas.

A pediatra Ana Escobar reforça que pegar no colo, tocar nas mãos ou beijar o bebê pode ser tão invasivo quanto um beijo direto na boca. Isso porque os recém-nascidos levam as mãos à boca com frequência, facilitando o contágio.

Ela também destaca a importância da higiene: lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel e estar com roupas limpas são atitudes básicas, mas essenciais, antes de qualquer contato com o bebê — mesmo para os familiares mais próximos.

Como visitar um bebê sem colocar a saúde dele em risco

Se você for visitar um recém-nascido, adote uma postura respeitosa e consciente. A primeira dica é simples: espere. Dê tempo para que o bebê tome suas vacinas e a mãe se recupere do parto. Um ou dois meses podem fazer toda a diferença.

Evite pegar o bebê no colo. Se for inevitável, certifique-se de que está saudável, com as mãos limpas e sem sintomas de gripe, resfriado ou qualquer outra infecção. E, por favor: nada de beijos no rosto, pés ou mãos da criança.

Outra dica importante é não levar outras crianças para a visita, principalmente se estiverem gripadas. Crianças pequenas carregam uma grande carga viral e podem transmitir doenças sem nem apresentar sintomas evidentes.

Por fim, lembre-se: carinho também se demonstra com respeito e cuidado. Visitar um recém-nascido exige responsabilidade. Evite colocar em risco uma vida que está apenas começando.

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