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Jovens revolucionam o combate às fake news com curso inovador do Ibict

No Brasil contemporâneo, o desafio da desinformação ganhou proporções alarmantes, mas, surpreendentemente, um grupo de jovens está se mobilizando para virar o jogo. Apesar da complexidade do cenário digital, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) deu início a um curso que promete formar influenciadores digitais capazes de combater o fluxo constante de notícias falsas.

Mas essa não é uma iniciativa comum: o curso “Influsciencers” alia conhecimento científico, habilidades de comunicação e ética digital, criando um novo perfil de jovem atuante nas redes sociais.

A proposta é ousada, afinal, lidar com a desinformação exige não apenas saber transmitir fatos, mas também engajar e conquistar a confiança de públicos muitas vezes céticos e polarizados.

Porém, a força da juventude, aliada à capacitação adequada, pode ser o ponto de virada necessário para frear o avanço das fake news e fortalecer a divulgação científica no Brasil.

É um esforço coletivo que une tecnologia, educação e cidadania, mas ainda demanda muito empenho para alcançar seus objetivos.

Curso “Influsciencers”: a arma dos jovens contra a desinformação

O curso “Influsciencers”, coordenado pelo Canal Ciência e liderado pela analista Leda Sampson, não é apenas uma formação teórica. Com duração de 45 horas, divididas entre encontros presenciais e virtuais, ele foi pensado para que os jovens participantes desenvolvam habilidades práticas para produzir conteúdo científico de qualidade e, ao mesmo tempo, saberem identificar e desmentir informações falsas.

Mas o que realmente diferencia essa iniciativa é seu foco na comunicação científica eficaz — algo essencial em tempos em que dados e fatos são frequentemente distorcidos. Os 25 jovens selecionados, com idades entre 15 e 29 anos, tiveram que apresentar vídeos que explicavam a importância da divulgação científica e o combate às fake news. Isso mostra que já chegam com uma base sólida e muita motivação para transformar o modo como consumimos informação.

A formação contempla desde técnicas para criação de vídeos até estratégias para engajamento nas redes sociais, passando por princípios éticos indispensáveis para quem quer atuar como influencer digital.

Além disso, a programação inclui visitas técnicas à Universidade de Brasília (UnB), conectando teoria e prática de maneira integrada.

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Desinformação: um inimigo que exige ação imediata

A cerimônia de abertura do curso deixou clara a urgência do tema. O diretor do Ibict, Tiago Braga, destacou que enfrentar a desinformação é uma das prioridades institucionais, mas ressaltou que isso só será possível com a participação ativa das novas gerações.

Porém, lidar com as fake news não é uma tarefa simples. O senador Izalci Lucas, responsável pela emenda parlamentar que financiou o projeto, ressaltou que a divulgação científica não pode ser responsabilidade apenas dos especialistas: ela precisa ser compartilhada com a sociedade, principalmente nos canais digitais mais acessados por jovens.

Mas as dificuldades são evidentes. A velocidade com que notícias falsas se espalham e a complexidade dos algoritmos das redes sociais exigem que esses novos influenciadores não apenas saibam o que dizer, mas também como dizer — para que a mensagem chegue de forma clara e confiável a quem mais precisa.

A esperança que vem da juventude e do conhecimento

Esse movimento do Ibict representa uma luz no fim do túnel, mas o sucesso depende do comprometimento dos jovens e do suporte contínuo de instituições e sociedade.

A certificação oficial para quem concluir o curso é um passo importante, pois legitima esses influenciadores como agentes de transformação.

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Mas para além da formação, é crucial que a população reconheça o valor da ciência e saiba onde buscar informações confiáveis.

A parceria entre órgãos públicos, iniciativa privada e a academia deve crescer, mas o engajamento popular é o que realmente definirá o rumo da luta contra a desinformação.

O curso “Influsciencers” mostra que há uma nova geração pronta para desafiar os padrões e reconquistar a confiança no conhecimento, mas que isso não será uma batalha fácil.

Afinal, a desinformação está profundamente enraizada, e o caminho para vencê-la exige persistência, estratégia e, acima de tudo, diálogo aberto e respeitoso.

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