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Luz misteriosa surge no corpo após a morte, diz estudo

À primeira vista, parece um enredo de ficção científica, mas é real: cientistas descobriram que organismos vivos emitem uma luz invisível que continua a brilhar, por instantes, até mesmo depois da morte.

A descoberta pode mudar o modo como entendemos os últimos momentos da vida — e talvez até como encaramos a própria existência.

O fenômeno, documentado por pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, não envolve espiritualidade nem crenças esotéricas, embora remeta a conceitos ancestrais como a “luz da alma”.

Em vez disso, o que foi identificado é um brilho biológico, conhecido como emissão de biofótons, capaz de ser captado por tecnologias extremamente sensíveis.

Mas por que essa luz aparece? O que ela significa? E mais importante: o que os cientistas viram nos instantes finais que pode impactar o futuro da medicina e da própria biologia? Continue lendo para entender o que está por trás dessa luminosidade silenciosa — e o que ela pode estar tentando nos dizer.

Mistério no ar! Luz surge e ciência investiga qual é o real motivo por traz disso, mas o segredo permanece.
Mistério no ar! Luz surge e ciência investiga qual é o real motivo por traz disso, mas o segredo permanece – Foto: reprodução/ Pixabay.

A luz que persiste após o fim

Nos testes conduzidos pela equipe canadense, quatro camundongos foram submetidos a observações detalhadas em ambientes totalmente escuros, antes e depois de suas mortes induzidas.

Com o auxílio de um sistema ultrassensível, chamado emissão de fótons ultrafraca (UPE), foi possível captar uma radiação luminosa tênue e contínua, especialmente nas regiões da cabeça, patas e órgãos internos.

Mesmo após a interrupção dos sinais vitais, os corpos seguiram emitindo luz por cerca de uma hora. Aos poucos, essa luminosidade foi desaparecendo — como se o organismo, em seus momentos finais, estivesse se apagando aos poucos, célula por célula. Mas não foi só isso.

Em paralelo, o mesmo comportamento foi identificado em plantas como o agrião-de-thale e a árvore-guarda-chuva-anã. Nessas espécies, o brilho aparecia nas áreas lesionadas ou submetidas a estresse, sugerindo que a emissão luminosa estaria associada a processos de defesa celular ou morte programada.

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Não é aura. É biologia pura

A descoberta rapidamente levantou interpretações de cunho espiritual. Afinal, há milênios se fala sobre uma luz que deixa o corpo no momento da morte. Mas os cientistas foram taxativos: a luz não representa alma, espírito ou energia cósmica.

Segundo Frank Oblak, um dos autores do estudo, a radiação nada mais é do que um subproduto de reações bioquímicas celulares.

Esses biofótons são gerados por radicais livres em momentos de atividade intensa ou estresse celular, como lesões ou morte celular. A luz registrada, portanto, é um reflexo da degeneração do metabolismo, e não um evento sobrenatural.

O mais fascinante, no entanto, é que a detecção dessa luz pode servir como marcador da extinção gradual da atividade celular, o que abre caminhos para novos protocolos em laboratórios forenses, transplantes de órgãos e até estudos de vida pós-morte em ambientes médicos.

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Corpos vivos também brilham — mas você nunca viu

Surpreendentemente, essa luz invisível não é um privilégio da morte. O corpo humano também emite brilhos quase imperceptíveis enquanto está vivo.

Pesquisadores japoneses estudaram cinco voluntários saudáveis e captaram emissões de luz natural em diferentes momentos do dia. O pico foi observado por volta das 16h, caindo no início da manhã.

As áreas mais brilhantes foram os rostos, provavelmente devido à maior exposição solar e presença de melanina. A intensidade, apesar de fraca, oscilava de acordo com o ritmo circadiano e com os processos metabólicos internos — uma espécie de “relógio luminoso” embutido em nosso organismo.

Mas o que isso significa para a medicina? Os cientistas acreditam que a leitura dessas emissões pode, no futuro, ajudar a diagnosticar doenças como o Alzheimer e o câncer, antes mesmo dos primeiros sintomas se manifestarem.

O que isso muda na forma como vemos a vida?

Apesar do tom científico, é quase impossível não se maravilhar com a possibilidade de que nosso corpo literalmente brilha ao nascer, ao viver — e até ao morrer.

A ciência pode ainda não ter todas as respostas, mas caminha a passos largos para transformar esse fenômeno em ferramenta diagnóstica, indicador de saúde e, quem sabe, até chave para entender a vida além da biologia.

Pode parecer poesia, mas é física, química e biologia em perfeita sincronia. E embora a luz da morte não seja um mistério místico, ela talvez nos lembre — mesmo sem querer — que tudo o que vive deixa um rastro, mesmo que breve, de brilho pelo caminho.

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