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Nova função do iPhone: vai “agir por conta própria”

Imagine controlar seu celular com o pensamento. Agora imagine seu relógio transcrevendo uma conversa em tempo real. E se seus aplicativos favoritos passarem a ser avaliados por um novo “rótulo” antes mesmo de você instalar? Isso não é ficção científica. São mudanças reais e iminentes que vão atingir todos os usuários de iPhone — mas nem todos estão felizes com o que está por vir.

Em um anúncio que passou despercebido por muitos, mas que promete revolucionar (ou bagunçar) a forma como usamos nossos dispositivos, a Apple revelou as próximas atualizações dos sistemas operacionais do iPhone, iPad, Mac, Apple Watch e até do Vision Pro.

Só que, por trás do discurso de acessibilidade e inclusão, há impactos profundos e inevitáveis para todos os usuários — inclusive você.

Não se trata apenas de ajustes sutis. As mudanças envolvem controle por implante cerebral, tradução em tempo real, novas formas de navegação, integração entre todos os aparelhos da marca e um novo sistema de classificação na App Store.

E o mais surpreendente: algumas dessas ferramentas já começaram a ser testadas, enquanto outras podem chegar sem aviso.

Você pode não estar preparado para o que a Apple vai liberar este ano para quem tem iPhone. A tecnologia pode chocar muitas pessoas a partir de então.
Você pode não estar preparado para o que a Apple vai liberar este ano para quem tem iPhone. A tecnologia pode chocar muitas pessoas a partir de então – Foto: reprodução/ Pixabay.

iPhone vai ouvir, entender e agir por conta própria?

Uma das atualizações mais ousadas é o Controle por Sinais Neurais. Isso mesmo. A Apple, em parceria com a startup Synchron, quer permitir que pessoas com deficiências motoras graves controlem iPhones, iPads e Macs apenas com o pensamento — por meio de implantes cerebrais.

A tecnologia ainda não tem data de lançamento, mas já está gerando debates éticos e técnicos em todo o mundo.

Mas não para por aí. O “Escuta ao Vivo” no Apple Watch vai transformar o pulso em um microfone com transcrição em tempo real, conectando-se ao iPhone para captar falas e exibir textos instantaneamente. Isso pode facilitar a vida de quem tem dificuldades auditivas — mas também levanta dúvidas sobre privacidade e monitoramento.

Enquanto isso, o Vision Pro, dispositivo de realidade aumentada da Apple, receberá integração com o aplicativo Be My Eyes, além de ferramentas de reconhecimento de ambiente, leitura de textos com inteligência artificial e zoom assistido.

Tudo isso, segundo a Apple, para ajudar pessoas com deficiência visual — mas, na prática, essas tecnologias podem ser aplicadas para qualquer usuário, redefinindo o que significa “ver” por meio de um dispositivo.

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Um novo “selo” nos apps e mudanças que ninguém esperava

A App Store também não será mais a mesma. Está prestes a ganhar o Rótulo Nutricional de Acessibilidade — uma espécie de certificado que informará se o aplicativo é compatível com ferramentas como VoiceOver, Controle por Voz, Switch Control e outras.

A ideia parece boa, mas já está provocando reações entre desenvolvedores: e se um app for penalizado por não atender a todos os critérios?

Outra função que vai mudar a rotina de muita gente é o compartilhamento automático das configurações de acessibilidade entre dispositivos.

Ou seja, você personaliza um iPhone com ajustes visuais, de som ou navegação, e tudo é espelhado no Mac, Apple TV, Watch e Vision Pro. Parece útil, mas e se você quiser comportamentos diferentes para cada dispositivo?

Além disso, surgem ferramentas como o Music Haptics (vibrações rítmicas que acompanham a música), reconhecimento de sons personalizados (como o nome do usuário sendo chamado), controle por rastreamento ocular, novo app de lupa no Mac com uso da câmera, e até um modo antienjoo para quem sente náuseas usando Mac em movimento.

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Acessibilidade ou controle total? Especialistas estão divididos

A Apple defende todas essas mudanças com base na inclusão — e há de fato avanços notáveis para pessoas com necessidades específicas. Mas a linha entre “ajuda” e “vigilância” parece cada vez mais tênue.

Com dispositivos que entendem sua voz, seus olhos, seus toques e até seus sinais cerebrais, a privacidade e a autonomia digital entram em um novo patamar.

Não é à toa que usuários do iPhone e demais produtos da Apple já estão se perguntando: “Será que estou no controle do meu dispositivo, ou ele está me controlando?”

Prepare-se: a revolução silenciosa da Apple já começou

As atualizações devem começar a ser liberadas ainda em 2025. Algumas funções serão opcionais, mas outras virão ativadas por padrão. O que está em jogo não é só uma nova forma de usar o iPhone — mas o futuro da relação entre humanos e tecnologia.

Você pode estar empolgado. Ou pode se sentir ameaçado. Mas uma coisa é certa: a Apple está mudando tudo outra vez. E desta vez, você vai sentir no seu próprio corpo — ou na sua mente.

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