Ela foi considerada uma das maiores marcas do entretenimento mundial. Depois, foi reduzida a apenas uma palavra. Agora, ressuscita com força total. Após dois anos de tentativas frustradas de rebranding, a Warner Bros. Discovery (WBD) decidiu voltar atrás e anunciou: a plataforma de streaming Max voltará a se chamar HBO Max.
A decisão, revelada nesta quarta-feira (14), durante uma apresentação em Nova York, pegou muitos de surpresa — mas para o público, especialmente o brasileiro, não foi tão inesperada assim. Isso porque, mesmo com a mudança oficial para “Max” em 2023, muitos ainda se referiam ao serviço como HBO Max.
Mas o que motivou essa reviravolta estratégica? E por que uma marca tão gigante decidiu admitir publicamente que errou?
A resposta envolve dados, nostalgia, bilhões de dólares e — claro — o peso de um nome que nunca saiu da boca do povo.
O “erro” de apagar a HBO do nome
Em 2023, o plano da Warner Bros. Discovery parecia lógico: unificar os catálogos da HBO e da Discovery+ sob um único nome mais “abrangente”. Assim nasceu o “Max”, um título simples, neutro e… esquecível.
Mas havia um problema: o nome HBO carregava mais do que letras. Ele trazia prestígio, história, reconhecimento global. Séries como Succession, Euphoria, Game of Thrones e The Last of Us não eram apenas sucessos de crítica e audiência — elas eram HBO.
Retirar o nome da marca foi, na prática, diluir o próprio diferencial competitivo do serviço. E os dados provaram isso. O engajamento caiu, a lembrança da marca despencou em pesquisas e o público continuou chamando o serviço de “HBO Max”, mesmo que o logotipo dissesse o contrário.
Segundo a própria WBD, análises de mercado e comportamento do usuário mostraram que o nome Max havia perdido o impacto. O resultado? Um retorno estratégico às origens.
HBO Max renasce com promessas grandiosas
Mas o retorno do nome não vem sozinho. A Warner Bros. Discovery anunciou uma nova fase para o serviço, que promete reforçar o compromisso com conteúdos premium e experiências únicas.
Entre os grandes lançamentos confirmados, estão:
- Uma nova série do universo Harry Potter, baseada nos livros de J.K. Rowling;
- Lanterns, série inspirada no universo da DC Comics;
- Welcome to Derry, prelúdio da saga It: A Coisa.
A empresa também promete investir pesado em produções originais, reforçando o posicionamento da HBO como sinônimo de qualidade, inovação e storytelling de alto nível.
A mensagem é clara: o nome HBO Max não volta apenas por nostalgia, mas como uma bandeira de excelência que os executivos perceberam não poder abrir mão.
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A repercussão no Brasil (e a reação do público)
No Brasil, onde a transição de HBO Max para Max havia ocorrido somente em fevereiro de 2024, a notícia causou um verdadeiro burburinho nas redes sociais. O perfil oficial da plataforma no X (antigo Twitter) entrou na brincadeira com um tom bem-humorado, dizendo que “só tirou o HBO para dar uma voltinha”.
A resposta do público? Positiva. Muitos usuários comemoraram a volta do nome, alegando que nunca se acostumaram com “Max” e que a mudança anterior parecia “sem alma”.
Além disso, o Brasil continua sendo um dos mercados mais engajados da HBO Max, com grande audiência para produções como The White Lotus e House of the Dragon. Com isso, o reposicionamento pode impulsionar ainda mais o crescimento da plataforma por aqui.
E o desempenho da empresa respalda a decisão: mais de US$ 3 bilhões em lucro nos últimos dois anos e mais de 22 milhões de assinantes globais. Números que, segundo especialistas, só devem crescer com a retomada da força do nome HBO.
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Uma lição sobre nomes, marcas e identidade
No fim, o retorno do nome HBO Max é mais do que uma simples jogada de marketing. É uma lição valiosa para empresas do mundo todo: nomes importam. Identidade importa. E, às vezes, admitir um erro é o passo mais inteligente para voltar a crescer.
Ao recuperar sua marca original, a Warner Bros. Discovery envia um recado poderoso: a excelência em conteúdo não deve ser escondida — ela precisa ser exibida com orgulho. E, neste caso, o nome certo sempre esteve ali.
