Presente diariamente no prato da maioria dos brasileiros, o arroz branco pode estar comprometendo a saúde mais do que se imagina — especialmente quando consumido ainda quente.
Uma pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard aponta que o arroz branco, por ter alto índice glicêmico, contribui para o aumento dos níveis de glicose no sangue e, consequentemente, para o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
A boa notícia é que uma mudança simples no modo de consumo pode fazer toda a diferença: deixar o arroz esfriar.
Amido resistente: o que muda no arroz quando ele esfria?
Quando o arroz branco é refrigerado após o cozimento, ocorre um fenômeno chamado retrogradação do amido. Isso significa que parte do amido se transforma em uma forma mais resistente à digestão, reduzindo os picos de glicose no sangue.
De acordo com os cientistas chineses envolvidos na pesquisa, o arroz frio pode conter até 4,7 gramas a mais de amido resistente por 100 gramas — e quase 7 gramas a menos de amido de rápida absorção.
Com menos glicose sendo liberada rapidamente, o pâncreas é menos exigido e a insulina consegue atuar com mais eficiência, beneficiando principalmente pessoas com risco de pré-diabetes.
Fritar com óleo também ajuda a reduzir o impacto glicêmico
Outro dado interessante do estudo é que a adição de óleo ao arroz — como azeite de oliva ou óleo de coco — pode reforçar o efeito de redução do índice glicêmico.
O ideal é fritar o arroz cozido por alguns minutos com o óleo, o que ajuda a criar uma estrutura mais compacta e difícil de digerir rapidamente. Essa simples técnica atrasa a absorção da glicose e evita os temidos picos de açúcar no sangue.
Arroz branco frio pode ser alternativa, mas há opções melhores
Apesar dos benefícios da retrogradação e do uso de óleo, o arroz integral ainda é a melhor escolha para quem quer manter os níveis de glicose estáveis.
E para potencializar a prevenção contra o diabetes, vale considerar o consumo regular de laticínios, como leite e iogurte, que ajudam a equilibrar o metabolismo da glicose, segundo outra pesquisa da Universidade de Nápoles.
