Garota mais peluda do mundo ressurge irreconhecível após 15 anos
Ela ficou conhecida no mundo inteiro por uma condição raríssima. Aos 10 anos, seu rosto era coberto por uma densa camada de pelos, o suficiente para entrar para o Guinness Book como a adolescente mais peluda do planeta.
Mas agora, aos 25, Supatra Sausuphan ressurge completamente diferente — e a sua transformação tem emocionado milhares de pessoas nas redes sociais.
O tempo passou, mas o mundo não esqueceu daquela menina tailandesa que enfrentou olhares cruéis, apelidos maldosos e bullying pesado. Hoje, porém, ela não é mais um símbolo de estranheza, mas de superação.
Casada, feliz e livre das provocações do passado, Supatra tem surpreendido até mesmo os mais céticos com sua nova aparência, sua maturidade e a maneira como decidiu conduzir a própria vida — sem se esconder, mas também sem se limitar.
Mas o que realmente aconteceu nos últimos 15 anos? O que mudou na vida — e no corpo — da garota que o mundo chamava de “lobisomem”?

A rara síndrome que virou manchete mundial: a mulher mais peluda do mundo
Supatra Sausuphan nasceu com uma condição genética extremamente rara chamada Síndrome de Ambras, também conhecida como Síndrome de Lobisomem. Trata-se de uma forma de hipertricose congênita, caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos escuros e grossos em praticamente todo o corpo — inclusive no rosto, orelhas, braços e costas.
Com registros desde a Idade Média, essa condição já afetou apenas algumas dezenas de pessoas em todo o mundo. Ainda criança, Supatra chamou atenção da mídia internacional por sua aparência incomum.
Mas, apesar do diagnóstico, ela sempre fez questão de se posicionar com coragem: “Não me sinto diferente de ninguém e tenho muitos amigos na escola”, declarou à época.
Porém, como muitas histórias reais, essa também tem um lado sombrio. Ela revelou, anos depois, que chegou a ser chamada de “cara de macaco” e outras ofensas pesadas.
Veja mais: Quanto ganha um papa? Vida financeira surpreende
Foi alvo de chacotas, mas também de curiosidade mórbida. A fama precoce trouxe visibilidade, mas também reforçou estigmas.


A transformação que ninguém esperava
Nos últimos anos, Supatra passou por uma repaginação completa. De acordo com reportagens da mídia tailandesa e britânica, ela passou a raspar regularmente os pelos do corpo, mantendo apenas os cabelos naturais.
Ela tentou tratamentos a laser, mas, segundo familiares, o procedimento não foi eficaz a longo prazo. Assim, a depilação se tornou parte da rotina.
Nas redes sociais, ela tem aparecido sorridente, acompanhada do novo parceiro, com quem comemora sete meses de união. As fotos mostram uma mulher confiante, elegante e irreconhecível para quem guarda na memória as imagens do Guinness Book.
“Você não é apenas meu primeiro amor, você é o amor da minha vida”, publicou ela certa vez sobre o parceiro.
A publicação emocionou seguidores, que celebraram não só o relacionamento, mas a força com que Supatra construiu sua autoestima.
Mas o mais marcante dessa história talvez seja o detalhe: ela nunca quis ser outra pessoa. Apenas quis ser ela mesma, livre para escolher como se apresentar ao mundo.
De símbolo da diferença à inspiração global
Supatra não apagou sua história. Pelo contrário, ela transformou a dor em combustível. Ela é a prova viva de que o que te faz diferente também pode te fazer forte — mas que mudar, quando é uma escolha própria, também é liberdade.
Leia mais: Jacaré derruba idosa de canoa e a devora no lago
Hoje, ela é um exemplo não apenas para quem vive com doenças raras, mas para todos que já foram rotulados por conta da aparência. Não foi a síndrome que a definiu, mas a maneira como ela reagiu a ela.
Ela continua com a mesma condição genética, mas escolheu como quer ser vista. E essa escolha, num mundo obcecado por padrões, é uma das formas mais poderosas de resistência e amor-próprio.