Temporal intenso vai atingir este estado nos próximos dias; veja onde será mais a chuva grave
O céu ainda pode parecer calmo em algumas regiões do Brasil, mas isso deve mudar — e rápido. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma nova frente fria está prestes a provocar temporais severos nos próximos dias, especialmente no Rio Grande do Sul e na Bahia, dois estados que já vêm enfrentando condições climáticas instáveis desde o início da semana.
Embora os especialistas afirmem que o cenário não deve repetir as chuvas extremas de abril de 2024, os riscos são reais: alagamentos, ventanias, queda de granizo e até deslizamentos de terra estão entre os fenômenos previstos.
Mas o maior perigo não está apenas no volume da chuva — e sim na falsa sensação de segurança que ela pode causar.
Entre os dias 6 e 10 de maio, milhões de brasileiros poderão ser diretamente afetados, mas muitos ainda não sabem a extensão do problema — e é isso que torna a situação ainda mais crítica.

Rio Grande do Sul em alerta máximo: risco vai além da chuva
No sul do país, o Rio Grande do Sul já sente os efeitos da instabilidade. Desde o início da semana, fortes chuvas atingem o oeste e o sul do estado, e a chegada de uma nova frente fria nesta sexta-feira (9) deve agravar ainda mais o cenário.
Segundo o Inmet, são esperados volumes entre 150 mm e 250 mm até sábado (10), com destaque para as regiões da Campanha e Missões. O alerta é claro: ventos intensos, risco de granizo e alagamentos são praticamente certos, especialmente em áreas mais vulneráveis.
A Defesa Civil do estado reforça que, embora o evento não deva atingir a mesma intensidade das chuvas históricas de 2024, é essencial que a população não subestime os riscos.
Com o solo já encharcado, qualquer nova precipitação forte pode causar transbordamentos repentinos e deslizamentos.
E o mais preocupante: as áreas mais afetadas incluem municípios que ainda se recuperam de eventos extremos anteriores, o que aumenta a chance de colapso de estruturas, estradas bloqueadas e interrupções no fornecimento de energia.
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Nordeste também entra em estado de atenção; Bahia sob alerta laranja
Se no Sul a preocupação é com a chegada da frente fria, no Nordeste, especialmente na Bahia, o alerta já está em vigor. Salvador, Cruz das Almas e outras cidades do litoral e do Recôncavo Baiano registraram volumes elevados de chuva nas últimas 24 horas, e a tendência é de que o clima piore.
A origem do problema está na combinação entre a umidade vinda do oceano e um cavado atmosférico, que juntos criam condições ideais para chuvas torrenciais e ventos de até 100 km/h.
O aviso laranja emitido pelo Inmet prevê chuvas acima de 100 mm, com potencial para alagamentos urbanos, deslizamentos em áreas de encosta e transtornos no trânsito. E, embora estados como Sergipe e o leste de Alagoas estejam em situação menos crítica, as autoridades não descartam o agravamento nas próximas horas.
O que fazer agora: recomendações podem salvar vidas
Diante de um cenário que se transforma rapidamente, as recomendações das autoridades ganham peso. A Defesa Civil orienta que a população evite áreas de risco, como encostas, margens de rios e regiões alagadiças. Também é recomendado não enfrentar enxurradas, não permanecer embaixo de árvores durante tempestades e desconectar aparelhos eletrônicos durante descargas atmosféricas.
Além disso, é fundamental acompanhar os alertas oficiais em tempo real, seja por apps como o Alerta Defesa Civil ou pelos canais de comunicação dos governos estaduais e municipais.
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Mas talvez o alerta mais importante seja o da consciência coletiva: temporais não avisam duas vezes, e a precaução, por mais incômoda que pareça, pode ser o único fator entre a segurança e a tragédia.
O que ainda não foi dito — e pode fazer toda a diferença
Apesar das previsões meteorológicas detalhadas e dos avisos das autoridades, a população ainda resiste em acreditar que o risco é real. A normalização de eventos extremos, o cansaço diante de tantos alertas e a falsa impressão de que “não vai acontecer comigo” têm se mostrado aliados silenciosos dos desastres naturais.
Mas o clima não tem memória — e não respeita estatísticas. É exatamente nos momentos em que achamos que está tudo bem que a água vem.
Portanto, se há algo a se fazer agora, é agir antes da chuva cair. Informar-se, preparar-se, proteger-se. Porque quando o céu escurece, já pode ser tarde demais.