Uma nova medida do governo dos Estados Unidos promete mudar a forma como muitos imigrantes em situação irregular deixarão o país.
O presidente Donald Trump anunciou um programa que oferece US$ 1.000 (cerca de R$ 5.673) como incentivo para quem optar pela autodeportação usando um aplicativo criado pelo próprio governo.
A proposta, que já está em vigor, inclui assistência de viagem e é válida para qualquer estrangeiro em condição migratória irregular — inclusive brasileiros. Mas o benefício não se limita a cidadãos de um único país.
App oficial facilita saída voluntária
O aplicativo lançado pelo Departamento de Segurança Interna, chamado CBP Home, foi desenvolvido para que os imigrantes possam informar voluntariamente sua intenção de retornar ao país de origem.
Após a confirmação da viagem e do retorno, o valor de mil dólares será liberado para o solicitante. Segundo o governo norte-americano, essa estratégia reduz em até 70% os gastos com deportações forçadas, que custam cerca de US$ 17 mil por pessoa ao sistema público.
Em contrapartida, o pagamento do incentivo e a emissão de passagens são considerados bem mais econômicos.
Brasileiros em situação irregular podem solicitar
Brasileiros que estão vivendo nos EUA de forma irregular também podem usar o aplicativo e, se aprovados, receber o incentivo.
O governo de Trump ressaltou que a medida é voltada a qualquer nacionalidade e destacou que “trabalhará com essas pessoas para que, no futuro, possam retornar, se forem do tipo que os Estados Unidos desejam”.
Até o momento, um hondurenho foi o primeiro a usar o programa, embarcando de Chicago com destino a Honduras. O governo espera que mais imigrantes adotem a saída voluntária, reduzindo os processos judiciais e os custos das deportações.
Controvérsias e acusações de abusos legais
Apesar da novidade, organizações de direitos civis alertam para expulsões sem o devido processo legal, o que pode comprometer direitos fundamentais.
Trump também tem reforçado o combate a supostos membros de gangues criminosas, como o Tren de Aragua, considerados por ele como ameaças à segurança nacional.
Mesmo com as polêmicas, a medida pode representar uma chance concreta de retorno voluntário para quem está em situação delicada — inclusive brasileiros.
