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Não é apenas exercício! O erro que 90% cometem e incha a cintura

Muita gente acredita que a cintura aumenta com a idade apenas por falta de atividade física ou alimentação desequilibrada.

No entanto, novas descobertas científicas revelam que o corpo pode estar programado para acumular gordura abdominal mesmo quando esses fatores estão sob controle.

A pesquisa, publicada na revista Science no último dia 25, identificou uma causa silenciosa por trás do aumento da gordura na região da barriga: a produção acelerada de células de gordura ao longo do envelhecimento.

O estudo foi conduzido pela City of Hope, uma das principais instituições de pesquisa oncológica dos Estados Unidos, e aponta que a culpa não é só da rotina, mas de uma alteração natural nas células do corpo, que ganha força justamente na meia-idade.

Erro fatal pode inchar a cintura | Imagem de Petra por Pixabay

O corpo cria novas células de gordura com mais facilidade ao envelhecer

Durante os experimentos, cientistas transplantaram células-tronco de gordura (APCs) de camundongos jovens e velhos para outros camundongos jovens.

O resultado foi claro: as APCs mais velhas formaram novas células de gordura muito mais rápido, mesmo em corpos jovens. Isso demonstra que o envelhecimento dessas células as torna mais ativas na criação de gordura.

Além disso, os pesquisadores descobriram um novo tipo celular chamado CP-A (pré-adipócitos comprometidos com a idade), que surge naturalmente com o tempo e contribui diretamente para o acúmulo de gordura na região abdominal.

Esses CP-As não são apenas mais comuns em pessoas de meia-idade, mas também dependem de um sinal específico — o LIFR — para se multiplicarem, especialmente em corpos envelhecidos.

A descoberta pode levar a tratamentos contra o ganho de barriga

A pesquisa foi validada também em células humanas de diferentes faixas etárias. Nos tecidos de pessoas com mais idade, havia mais CP-As ativos, com capacidade elevada de formar gordura nova.

Esse achado muda a forma como se compreende a obesidade relacionada ao envelhecimento e reforça que, muitas vezes, a simples prática de exercícios ou dietas equilibradas pode não ser suficiente para conter o crescimento da cintura.

Para os cientistas, entender como essas células funcionam e como surgem pode abrir portas para novos tratamentos que evitem o acúmulo de gordura na barriga e ajudem a promover mais saúde e longevidade.

O foco agora é buscar formas de inibir o LIFR ou controlar a ação das CP-As no organismo, prevenindo o ganho de gordura em uma fase da vida em que a composição corporal muda com mais facilidade.

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