Não é apenas exercício! O erro que 90% cometem e incha a cintura
Muita gente acredita que a cintura aumenta com a idade apenas por falta de atividade física ou alimentação desequilibrada.
No entanto, novas descobertas científicas revelam que o corpo pode estar programado para acumular gordura abdominal mesmo quando esses fatores estão sob controle.
A pesquisa, publicada na revista Science no último dia 25, identificou uma causa silenciosa por trás do aumento da gordura na região da barriga: a produção acelerada de células de gordura ao longo do envelhecimento.
O estudo foi conduzido pela City of Hope, uma das principais instituições de pesquisa oncológica dos Estados Unidos, e aponta que a culpa não é só da rotina, mas de uma alteração natural nas células do corpo, que ganha força justamente na meia-idade.

O corpo cria novas células de gordura com mais facilidade ao envelhecer
Durante os experimentos, cientistas transplantaram células-tronco de gordura (APCs) de camundongos jovens e velhos para outros camundongos jovens.
O resultado foi claro: as APCs mais velhas formaram novas células de gordura muito mais rápido, mesmo em corpos jovens. Isso demonstra que o envelhecimento dessas células as torna mais ativas na criação de gordura.
Além disso, os pesquisadores descobriram um novo tipo celular chamado CP-A (pré-adipócitos comprometidos com a idade), que surge naturalmente com o tempo e contribui diretamente para o acúmulo de gordura na região abdominal.
Esses CP-As não são apenas mais comuns em pessoas de meia-idade, mas também dependem de um sinal específico — o LIFR — para se multiplicarem, especialmente em corpos envelhecidos.
A descoberta pode levar a tratamentos contra o ganho de barriga
A pesquisa foi validada também em células humanas de diferentes faixas etárias. Nos tecidos de pessoas com mais idade, havia mais CP-As ativos, com capacidade elevada de formar gordura nova.
Esse achado muda a forma como se compreende a obesidade relacionada ao envelhecimento e reforça que, muitas vezes, a simples prática de exercícios ou dietas equilibradas pode não ser suficiente para conter o crescimento da cintura.
Para os cientistas, entender como essas células funcionam e como surgem pode abrir portas para novos tratamentos que evitem o acúmulo de gordura na barriga e ajudem a promover mais saúde e longevidade.
O foco agora é buscar formas de inibir o LIFR ou controlar a ação das CP-As no organismo, prevenindo o ganho de gordura em uma fase da vida em que a composição corporal muda com mais facilidade.