Mudança no INSS deixa aposentados em alerta no Brasil
Era para ser uma rotina simples, mas virou um motivo de dúvida e, em alguns casos, preocupação. Todos os anos, milhões de aposentados se preparam para cumprir uma exigência conhecida: a prova de vida. Porém, em 2025, algo mudou — e, mesmo que a alteração tenha ocorrido há algum tempo, a confusão ainda paira sobre o cotidiano de muitos brasileiros.
Mas o que parecia ser apenas mais um procedimento burocrático se transformou em um novo capítulo na relação entre os cidadãos e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Muitos aposentados receberam comunicados inesperados, enquanto outros sequer sabiam que não precisavam mais sair de casa para provar que estão vivos. A mudança surpreendeu, mas não sem motivos.
O anúncio veio com promessas de praticidade, mas também gerou um rastro de boatos e golpes.
A intenção era facilitar, mas o efeito colateral foi justamente o oposto em alguns casos: insegurança, desinformação e um número crescente de dúvidas. Afinal, quem ainda precisa fazer a prova de vida presencial? E quem está isento?

Nova prova de vida: menos fila, mais confusão?
Desde 2023, o INSS reformulou o sistema de comprovação de vida. A intenção era clara: modernizar, evitar deslocamentos desnecessários e usar a tecnologia a favor do cidadão. Mas, apesar da proposta ser positiva, a transição deixou muitos aposentados perdidos no meio do caminho.
Antes, a regra era rígida: o beneficiário precisava comparecer ao banco onde recebe o pagamento e comprovar sua existência física, ano após ano.
Mas agora, o próprio INSS passou a utilizar bases de dados de outros órgãos públicos — como o SUS, a Receita Federal, e até movimentações bancárias com biometria — para fazer essa verificação automaticamente.
Mas há um detalhe que poucos sabem: o processo só se torna realmente automático se houver movimentações registradas nos últimos 10 meses após o aniversário do aposentado. Caso contrário, o sistema emite uma notificação e, aí sim, é necessário que o cidadão realize o procedimento manualmente — pelo aplicativo “Meu INSS” ou presencialmente em uma agência. Mas apenas após o aviso.
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Golpes disfarçados de ajuda: o alerta do INSS
Com a novidade, surgiu também um velho inimigo: os golpistas. Aproveitando-se do momento de transição e da falta de informação, criminosos começaram a agir, se passando por representantes do INSS para aplicar fraudes contra os idosos. Mas o INSS foi rápido em emitir um alerta oficial.
Mas nem todos ouviram esse alerta. Muitos ainda acreditam em mensagens enviadas por aplicativos de mensagens, ligações suspeitas ou visitas inesperadas.
Mas a orientação é direta: nenhum servidor do INSS vai até a casa de aposentados para realizar a prova de vida. E qualquer comunicado oficial é feito somente pelos canais do próprio instituto — site, aplicativo ou a Central 135.
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O órgão reforça que, em caso de dúvida, o melhor caminho sempre será buscar informações diretamente nos meios oficiais. Mas, infelizmente, nem todos têm acesso fácil à internet ou à tecnologia. E é exatamente aí que os criminosos atacam, se aproveitando do medo e da desinformação.
Mas afinal, ainda preciso ir ao banco? Entenda o que mudou
A resposta não é tão simples quanto se imagina. Em tese, não — desde que o sistema detecte alguma movimentação sua. Mas, se você passou os últimos meses sem ir ao médico, sem tomar vacina, sem emitir documentos ou sem usar sua conta bancária com biometria, talvez precise fazer a comprovação manual.
Mas é aí que mora a principal confusão. Muita gente acredita que, se não receber uma notificação, está tudo certo.
Mas outras pessoas, mesmo com movimentações recentes, ainda recebem alertas. Isso acontece porque nem todos os sistemas estão 100% integrados ou atualizados. Mas o INSS está trabalhando para reduzir essas falhas gradualmente.
A orientação é simples, mas precisa ser repetida: se você não recebeu nenhuma notificação do INSS, não precisa fazer nada. Mas se recebeu, siga as instruções exclusivamente pelo aplicativo, site ou Central 135. E mais importante: nunca forneça seus dados por telefone ou para pessoas desconhecidas.
O risco é alto e os golpes estão cada vez mais elaborados.