Com a morte do papa Francisco no mês passado, a Igreja Católica se prepara para eleger seu novo líder em um conclave que começa no próximo 7 de maio, na Capela Sistina, no Vaticano. E, se depender da tradição e do desejo de unidade, a escolha do novo papa não deve demorar mais de três dias.
É esse o prazo estimado por vários cardeais, entre eles o salvadorenho Gregorio Rosa Chávez, que afirmou com confiança: “No máximo três dias”. A média histórica dos últimos dez conclaves confirma essa expectativa — todos duraram entre dois e cinco dias, com uma média de 3,2.
A importância de um conclave rápido para a imagem da Igreja
Para o Vaticano, um conclave breve projeta estabilidade, unidade e consenso entre os cardeais. Uma eleição prolongada, por outro lado, pode indicar divisões internas e incerteza sobre os rumos da Igreja, algo que o colégio cardinalício tenta evitar a todo custo.
A votação ocorre em rodadas secretas até que um nome alcance dois terços dos votos. Ao longo do processo, a famosa chaminé da Capela Sistina sinaliza os resultados: fumaça preta indica que não houve consenso, enquanto a fumaça branca anuncia a escolha do novo papa.
Caso o conclave ultrapasse três dias sem definição, o regulamento prevê uma pausa de oração de um dia antes que as votações sejam retomadas.
Favoritos, alianças e o papel das congregações gerais
Com 133 cardeais votantes, as conversas informais e as congregações gerais — reuniões diárias realizadas antes do conclave — são o palco onde alianças se formam e nomes ganham força.
Entre os mais citados como favoritos estão o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle, ambos há anos vistos como papáveis.
Na prática, a primeira votação, feita ainda no primeiro dia, tem caráter simbólico e serve para indicar os nomes mais mencionados entre os cardeais.
As votações realmente decisivas costumam começar no segundo dia, com duas rodadas pela manhã e duas à tarde.
O mundo católico agora observa com atenção: o novo papa poderá ser escolhido em tempo recorde — ou após intensas negociações nos bastidores da Igreja.
