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Pix tem data para acabar? Nova tecnologia “assusta” bancos

Durante anos, o Pix foi celebrado como a grande revolução no modo como os brasileiros lidam com o dinheiro. Ele tornou as transferências instantâneas, eliminou intermediários e virou sinônimo de agilidade. Mas, em meio ao avanço implacável da tecnologia, até o que parecia insuperável pode ser superado.

Nos bastidores do sistema financeiro, algo silencioso, mas potente, já está sendo testado e implementado.

O novo sistema não apenas promete substituir o Pix em algumas operações, como também apresenta uma proposta ousada: tornar os pagamentos praticamente invisíveis. E não, não é só uma melhoria. É uma virada de chave.

Mas será mesmo o fim do Pix como conhecemos? A resposta exige atenção — e pode surpreender até os mais entusiastas da tecnologia financeira.

Uma nova tecnologia pode deixar o atual Pix comendo poeira no Brasil; veja o que está em jogo.
Uma nova tecnologia pode deixar o atual Pix comendo poeira no Brasil; veja o que está em jogo – Foto: guia do benefício/ arquivo.

Open Finance e biometria: a dupla que está mudando o jogo

Com o crescimento do Open Finance no Brasil, uma nova era de pagamentos começa a tomar forma. Esse conceito, que incentiva a integração entre bancos, fintechs e seguradoras com consentimento do usuário, é a base da inovação que vem por aí. E a biometria é a engrenagem que faz essa máquina funcionar.

Em vez de senhas, QR codes ou apps, estamos falando de pagamentos validados com um simples olhar ou toque.

A impressão digital, o reconhecimento facial ou até a íris dos olhos já são usados em testes práticos para autorizar transações — de maneira mais segura, mais rápida e praticamente impossível de ser burlada.

Mas isso não significa que o Pix será extinto. Pelo menos, não ainda. O que se discute é a criação de um sistema que vá além da instantaneidade: um sistema que preveja, valide e execute um pagamento sem fricção alguma, apenas com a sua identidade biométrica.

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Senhas e aplicativos? Estão com os dias contados

Se você já ficou irritado tentando lembrar uma senha complexa ou foi barrado por um app travado durante uma compra, este novo sistema pode soar como um sonho. E, de fato, ele promete eliminar etapas que hoje ainda atrapalham a experiência do usuário.

Com a biometria sendo usada como chave mestra, o processo de pagamento se torna direto. Você encosta o dedo, olha para a tela ou diz uma palavra, e pronto: a transação é concluída. Nada de múltiplas confirmações, nada de autenticações demoradas.

Esse modelo é especialmente eficaz para quem tem pouca familiaridade com tecnologia. Idosos, por exemplo, poderão se beneficiar de um sistema que exige menos ação, mas oferece mais segurança.

Transações mais seguras e menos vulneráveis a fraudes

A biometria traz um novo patamar de segurança. Isso porque ela utiliza características únicas de cada indivíduo. Diferente de senhas que podem ser copiadas, ou de cartões que podem ser clonados, as impressões digitais e o rosto são intransferíveis.

Além disso, com o Open Finance, as instituições podem verificar dados em tempo real, o que reduz significativamente o risco de fraudes. Tentativas de golpe, como phishing e engenharia social, se tornam mais difíceis, já que não há uma senha para ser roubada, nem uma chave Pix para ser interceptada.

Mas, como toda tecnologia em ascensão, ainda existem desafios: interoperabilidade entre sistemas, proteção de dados biométricos e confiança dos usuários são obstáculos reais. E é por isso que, embora promissor, esse novo sistema será introduzido gradualmente.

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O que vem depois do Pix?

O Banco Central já sinalizou que não pretende aposentar o Pix de forma repentina. Ele continuará sendo um dos pilares do sistema financeiro, mas, para determinadas compras, especialmente as de valor menor e recorrente, o pagamento biométrico já começa a ser testado em redes de varejo e aplicativos.

Isso significa que, em breve, você poderá entrar em uma loja, pegar um item e sair sem tirar o celular do bolso — o pagamento será feito automaticamente, com base na sua identificação biométrica, associada à sua conta. Uma experiência próxima do que grandes empresas de tecnologia já fazem no exterior.

Mas o mais impactante é que tudo isso está mais perto do que você imagina.

A era do “clique para pagar” está com os dias contados. E o futuro, silencioso e invisível, está batendo à porta — ou melhor, está prestes a reconhecer o seu rosto.

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