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Cientistas confirmam: fungo zumbi da série tem base real

A série The Last of Us, sucesso mundial da HBO, é muito mais do que um drama apocalíptico. Ela evoca medos profundos e levanta uma questão que ninguém consegue ignorar: e se tudo aquilo pudesse mesmo acontecer?

A história segue Joel e Ellie em uma jornada brutal por um mundo devastado, mas, no fundo, é o conceito por trás do colapso da civilização que mais intriga os fãs.

Afinal, seria possível que um fungo como o da série realmente dominasse corpos humanos, transformando pessoas em criaturas perigosas e sem controle?

A resposta pode não ser tão simples — nem tão reconfortante.

Imagine um fungo que pode transformas você em zumbi? Essa realidade de uma série foi baseado na vida de verdade.
Imagine um fungo que pode transformas você em zumbi? Essa realidade de uma série foi baseado na vida de verdade – Foto: reprodução/ Pixabay.

Cordyceps: o fungo real que inspirou o pesadelo

Na trama, o responsável pelo apocalipse é o Cordyceps, um fungo que sofre uma mutação e começa a infectar humanos. Mas o que nem todo mundo sabe é que esse organismo realmente existe.

Na natureza, o Ophiocordyceps unilateralis já foi observado transformando formigas em verdadeiros “zumbis” controlados. Isso mesmo. Mas, calma: a infecção só ocorre em insetos.

A mecânica é assustadora: o fungo entra no corpo da formiga, cresce em seu interior, manipula seu comportamento, força-a a escalar um local ideal para reprodução, mata o hospedeiro e lança seus esporos sobre outras presas. Parece familiar?

Sim, é essa base biológica real que inspirou os infectados da série — os Corredores, Estaladores, Baiacus — que aterrorizam o mundo fictício de The Last of Us. Mas a pergunta que permanece é…

E se o Cordyceps evoluísse?

Alguns fãs especulam: será que um dia o Cordyceps poderia ultrapassar a barreira das espécies e afetar os humanos? A ciência diz que não é tão simples.

Para que um fungo infecte uma nova espécie, são necessárias mutações extremamente específicas, além de adaptações ao ambiente interno — e o corpo humano, com sua temperatura de 37 °C, já é uma barreira para a maioria das espécies fúngicas.

Além disso, o nosso sistema imunológico é muito mais avançado que o de uma formiga, e infecções fúngicas em humanos geralmente só causam problemas em pessoas imunocomprometidas — como no caso da candidíase, da histoplasmose ou da aspergilose.

Ainda assim, há um “mas”: cientistas já alertaram que o aumento da temperatura global e o uso abusivo de antifúngicos poderiam, no futuro, dar origem a fungos mais resistentes — como o Candida auris, que vem preocupando a comunidade médica.

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Entre a ciência e o terror: o que realmente assusta?

É aqui que o medo se torna mais psicológico do que biológico. Mesmo que a ficção exagere, ela se baseia em algo real o suficiente para parecer plausível. E essa é a genialidade de The Last of Us.

O terror funciona porque toca no medo da perda de controle, da transformação involuntária, do corpo que deixa de ser nosso. A ideia de um parasita que assume o comando — mesmo que em insetos — já é suficiente para gelar a espinha.

E quando esse cenário apocalíptico se mistura com discussões sobre pandemias, aquecimento global e resistência antimicrobiana, o terreno da ficção começa a se aproximar perigosamente da realidade.

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Mas e se…?

Por enquanto, não há motivo para pânico. O Cordyceps não está prestes a tomar conta do mundo. Mas o que mais chama atenção é o quanto a natureza, mesmo nos seus detalhes mais pequenos, pode esconder fenômenos dignos de filmes de terror.

The Last of Us apenas pegou algo real, ampliou seus efeitos e colocou uma lente dramática sobre nossas maiores inseguranças. Mas a base do enredo está, sim, enraizada em uma verdade científica surpreendente — e um tanto desconfortável.

Portanto, da próxima vez que vir uma formiga agindo estranho… é melhor torcer para que ela não esteja no começo de algo muito maior.

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