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Brasil em risco? Objeto espacial pode cair na Terra em maio, confira

Um satélite soviético lançado há mais de 50 anos deve reentrar na atmosfera da Terra nas próximas semanas. 

Trata-se do Kosmos 482, uma sonda criada para explorar o planeta Vênus, mas que nunca chegou ao seu destino por conta de uma falha no lançamento, em 1972.

Desde então, o equipamento de cerca de 500 quilos permanece orbitando a Terra, em uma trajetória elíptica cada vez mais próxima da superfície. 

A previsão é que ele entre na atmosfera por volta do dia 9 de maio, embora a data exata possa variar dentro de uma margem de dias.

Objeto espacial pode cair na Terra em maio, entenda Imagem de WikiImages por Pixabay
Objeto espacial pode cair na Terra em maio, entenda Imagem de WikiImages por Pixabay

O que é a sonda Kosmos 482?

O Kosmos 482 fazia parte do programa soviético Venera, voltado à exploração de Vênus. 

Lançada durante a Guerra Fria, a missão teve como objetivo reunir dados sobre a atmosfera do planeta e, ao mesmo tempo, demonstrar o avanço tecnológico da União Soviética.

No entanto, a última etapa do foguete se separou antes do tempo, impedindo que a sonda escapasse da gravidade da Terra. Fragmentos chegaram a cair na Nova Zelândia logo após o lançamento, mas grande parte do módulo permanece em órbita até hoje.

Brasil está dentro da faixa de risco?

Sim. Por conta da inclinação orbital de 52 graus, o Kosmos 482 sobrevoa uma faixa ampla da Terra — desde o sul do Canadá até o extremo sul da América do Sul, o que inclui todo o território brasileiro. 

No entanto, especialistas afirmam que a chance de queda em áreas habitadas é pequena.

Segundo o astrônomo Guilherme Marranghello, da Unipampa, a velocidade de reentrada será entre 250 e 300 km/h, o que diminui o potencial destrutivo. 

Ainda assim, parte da estrutura pode sobreviver ao atrito atmosférico, já que foi projetada para suportar as condições extremas da atmosfera de Vênus.

Possível impacto será conhecido horas antes

De acordo com astrônomos, não há como saber com antecedência o local exato do impacto. 

A previsão só pode ser feita com mais precisão poucas horas antes da reentrada. O objeto é monitorado constantemente por agências espaciais e especialistas, como o holandês Marco Langbroek, que acompanha sua órbita há anos.

Embora o risco de impacto em solo habitado seja baixo, o Kosmos 482 serve como lembrete de que objetos lançados há décadas ainda podem retornar — e que o espaço continua nos observando, mesmo depois de tanto tempo.

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