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Autismo tem uma origem inimaginável, revela estudo Japonês, confira

A ciência tem avançado de forma significativa na busca por respostas sobre o transtorno do espectro autista (TEA). 

Com o aumento no número de diagnósticos ao redor do mundo, pesquisadores intensificam os esforços para compreender como o TEA se forma e se manifesta desde os primeiros momentos da vida. 

Uma descoberta recente, feita por cientistas da Universidade de Fukui, no Japão, pode abrir novas possibilidades para o diagnóstico precoce — e até para futuras intervenções durante a gestação.

O estudo sugere uma possível ligação entre a presença de certos compostos no sangue do cordão umbilical e a manifestação dos sintomas do autismo. Embora os dados ainda sejam iniciais, os resultados acendem um sinal de esperança entre profissionais da saúde e famílias.

Estudo japonês revela possível causa do autismo | Foto de Caleb Woods na Unsplash

Compostos no cordão umbilical podem estar ligados aos sintomas do TEA

A pesquisa acompanhou cerca de 200 crianças desde o nascimento. Os cientistas identificaram um ácido graxo chamado diHETrE, presente no sangue do cordão umbilical, como um potencial marcador para o transtorno. 

Curiosamente, os efeitos variaram de acordo com os níveis detectados: em maior quantidade, o composto se relacionou a dificuldades de interação social; em concentrações menores, apareceram comportamentos repetitivos e interesses restritos — traços típicos do TEA.

O achado é particularmente relevante porque permite observar indícios ainda na fase inicial da vida, abrindo caminho para uma nova abordagem na triagem de risco para o autismo.

Diferenças entre meninos e meninas também chamaram atenção

Outro aspecto observado foi a diferença de impacto do composto entre os sexos. As meninas, segundo os pesquisadores, apresentaram mais alterações associadas ao diHETrE. 

Isso reforça uma hipótese já levantada por outros estudos: o autismo pode se manifestar de forma diferente entre meninas e meninos, o que pode influenciar até mesmo na forma como os sintomas são percebidos e diagnosticados.

Se os próximos estudos confirmarem essa relação, será possível usar a medição do ácido graxo no nascimento como uma ferramenta de apoio para identificar, com mais precisão e antecedência, os riscos de desenvolvimento do TEA.

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